quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Piranha (1978)

Piranha faz parte de uma onda de filmes desencadeada no final da década de 70 por por Tubarão, filme de Steven Spilberg. Tubarão fez tanto sucesso que surgiram diversos predadores aquáticos para aterrorizar como piranhas e jacarés gigantes. As últimas estrelas desse gênero são a anaconda e as serpentes à bordo do trash protagonizado por Samuel L. Jackson.

O diretor Joe Dante contribui em seu primeiro filme com a originalidade. Muito fácil seria fazer um similar de Tubarão com orçamento mais baixo. Não. Piranha é um terror autêntico. Dante não tem vergonha de ser taxado como aproveitador do momento Tubarão. Faz até referência. Sua protagonista é vista em sua primeira cena jogando um videogame (o glorioso taito como é chamado no Brasil) da famosa franquia em que o jogador é o tubarão e seu objetivo é abocanhar banhistas.

Piranha é um filme B com orgulho. Ao mesmo tempo assusta e brinca com a situação. As piranhas superdesenvolvidas são resultado de estratégias político-militares. Seriam colocadas em rios vietnamitas como arma de guerra. Isso mesmo! Mas elas escapam e vão sedentas para o ataque de civis, em sua maioria crianças em um acampamento.

Pitadas de humor deixam o filme bem leve. E quando o espectador começa a achar graça de tudo, Joe Dante expõe ataques cruéis. Sua marca registrada é o rastro circular de sangue e a expressão de desespero das vítimas. Pela falta de orçamento, não vemos mutilações e sim grandes quantidades de sangue. A cada momento em que um personagem entra na água, aguardamos o ataque e assim somos impotentes testemunhas do massacre.

Filme com cara do terror anos 70/80. Inapropriado para quem leva a vida muito a sério.

Nenhum comentário: