Dançarino (Tom Long) é sequestrado por três mulheres mascaradas que o abusam sexualmente por 12 dias.
Saído do cativeiro, o dançarino tenta fazer uma denúncia do acontecido mas não tem forças. Quem acreditaria em tal situação? E como uma das sequestradoras mesmo disse, “qual homem não gostaria de estar em seu lugar?”
A direção sensual inicial das imagens dá lugar a cortes preguiçosos e desinteressados a partir do momento que Daniel é sequestrado.
Em certos momentos chega a lembrar o coreano Oldboy. Questiona o sentido do sequestro. As lembranças de Daniel são tatuagens e cicatrizes. Inicia então uma busca sexual e obsessiva por aquelas três mulheres.
Filme sobre a vida dilacerada após um acontecimento isolado na vida de uma pessoa. A dificuldade do resgate do prazer nas pequenas coisas cotidianas e em sua profissão, que é deixada de lado. Trata-se de um relato sem muitas esperanças. Um thriller em que a violação é tema principal por uma óptica feminina (da diretora Ana Kokkinos).
Por se tartar de um filme com ênfase na estética visual e sexual fica a impressão de que são três mulheres apenas em busca do prazer. Do outro lado temos o violado dançarino que desde o primeiro momento se revolta e sente asco da situação. Esse é o ponto fraco do filme: não desenvolver o trauma do sequestrado e mostrá-lo desde o início reticente a tudo que vai acontecer.
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