
Filme do sueco Ingmar Bergman (O Sétimo Selo e Morangos Silvestres) que por muitos é considerado um falha em sua filmografia.
Um artista de circo bêbado e desempregado encara a morte do irmão (suicídio) e a mudança na economia na Alemanha da década de 20 para onde migrara.
David Carradine é o ator principal e mostra todo o sofrimento e angústia de uma pessoa que não encontra razão alguma para continuar vivo diante de tanta desilusão.
Decadência econômica e degradação social são os temas principais do filme. Assim como nos experimentos nazistas, a personalidade e o caráter alteram quando há pouca esperança. A indiferença e a falta de compaixão até pelos mais próximos é quase o fim da linha para os que vivem em sociedade. Um experimento compara tal situação. Uma mulher é trancada com uma criança recém-nascida com problemas mentais. O choro inicial desperta compaixão da mesma pela pequena criatura. Mas o tormento constante e a falta de perspectiva de um melhora da situação transtorna a pessoa que é capaz de cometer atos antes impensados.
As andanças de protagonista pelo submundo alemão lembra o universo marginal de charles bukowski. O filme é um pesadelo sem fim para o protagonista que não ri em momento algum na película, muito menos o espectador.
Qualidade técnica invejável do diretor (principalmente em cenas dos créditos iniciais e em outro momento dentro de corredores de arquivos que guardam segredos nazistas) marca o filme.
Destaque para a cena em que o padre confessa que não acredita que Deus está próximo e pede perdão a quem confessa por mostrar apenas medo diante de toda situação.
Bergman tenta mostra a gênese do nazismo. Metáfora para o ovo da serpente que é inicialmente visto com estranheza mas é possível ver através de sua fina película que um mal ali germina.
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