
Sempre me pergunto. Essas torturas e barbaridades mostradas diariamente nos telejornais estão vindo à tona hoje ou se sempre existiram e não eram noticiadas? Um Crime Americano nos conta que atrocidades não são novidades.
Falar sobre o roteiro do filme é fazer perder o impacto para alguém que ainda não o assistiu. O próprio título já adianta que algo ruim será contado. Fica a cargo do espectador decidir em entrar ou não para essa história de angústia e injustiça.
Catherine Keener mostra-se mais uma vez uma grande atriz. Faz o papel da mãe solteira Gertrude que consegue se convencer que a maldade pode ser algo razoável. A tolerância aos atos bárbaros é transmitida aos filhos que não se escandalizam. Isso, talvez, é o mais terrível.
Ellen Page (que esteve tão bem no filme Juno) é Sylvia. Mais uma vez em um grande papel. Será vítima de algo medonho e irreparável. Reage de maneira peculiar aos acontecimentos. O único momento de beleza do filme é logo na cena inicial em que Sylvia fala sobre o carrossel. Metáfora sobre seu ideal de vida que remete à segurança. Mesmo girando, o carrossel não vai à lugar algum.
Filme sobre tribunal e injustiças. Tudo muito bem filmado, dirigido e roteirizado. Uma história que seria melhor que não soubéssemos. Até o exercício em se assistir ao filme é doloroso, o que torna questionável a realização do mesmo.
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