
Gosto de ver episódios iniciais de séries para decidir se vou segui-las ou não. Desisto da maioria. Vi apenas duas séries do começo ao fim. Ambas de terror. Harper’s Island e The Walking Dead. Quem me olha nunca imagina a minha paixão pelo terror. Gênero do cinema que é considerado menor, mas que se danem os críticos e suas implicâncias.
O primeiro episódio de Femme Fatales foi estranho. Talvez porque não entendi muito o propósito da série. O título é o mesmo de uma revista que cobre o universo de produções B e suas atrizes. Parece que cada episódio será estrelado por personagens femininas, fortes e sensuais (uau!).
O primeiro episódio é quase todo em uma cadeia feminina. Uma famosa atriz (muito parecida com Lindsay Lohan) é presa após um acidente de carro. Obrigada a viver com detentas (todas com decotes avantajados), estabelece seu manual de sobrevivência que se consiste em seduzir e manipular guardas e colegas de cela.
O episódio é permeado por cenas de sexo não explícito (softcore) com temperaturas elevadas bem ao estilo dos filmes B que passavam na TV Bandeirantes na sessão Sexta Sexy. O diretor não poupa em mostrar nudez e cenas de lesbianismo. Ingredientes típicos do gênero do cinema explitation do final dos anos 60 chamado WIP (Women in Prison, traduzido por mulheres na prisão). Trata-se de uma modalidade do cinema que mexe com fantasias como dominação, encarceramento, sadismo e violência sexual.
Atuações e trilha sonora exageradas somam-se às características desse episódio. Uma tentativa de trazer para a televisão a estética do cinema sujo e underground (e muitas vezes proibido) com uma roupagem limpa. No mínimo, ousado.
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