terça-feira, 25 de outubro de 2011

The Walking Dead S02E02 - Bloodletting (2011)


Talvez o pior episódio das série. Quando parece se salvar, aparecem seus créditos finais. Apelação cortar um episódio em um climax de ação. A produção da série parece perceber a má qualidade desse capítulo, optando por essa tática. Um convite a abandonar a série para os mais exigentes.

Carl, filho de Rick, é baleado acidentalmente na floresta. Outro humano sobrevivente (Otis) é responsável pelo tiro. Para ajudar Carl, Otis indica a fazenda onde sua família está abrigada e orienta a procurar Herschel, o patriarca da família.

O episódio se desenrola no drama em operar o garoto com condições precárias. É quase um clichê de faroeste em que já sabemos que tudo se resolverá bem.

Shane e Otis vão a uma unidade de emergência de um colégio para completar o aparato cirúrgico requisitado por Herschel (médico veterinário). Detalhe para o local repleto de zumbis.

Não atribuo o meu desprezo ao episódio pela escassez de zumbis e sim por sua monotonia.

Atividade Paranormal 3 - Paranormal Activity 3 (2011)


A franquia volta mais ao passado para mostrar a infância das irmãs Kristi e Katie. O recurso para relatar a história é novamente o uso de câmeras caseiras dos personagens na busca de fenômenos sobrenaturais.

O desenrolar da história é semelhate aos filme antecessores. Tudo muito calmo no começo até o início das manifestações. O filme peca em brincar de assustar. São personagens pregando peças entre si fazendo com que o susto demoníaco tenha o mesmo peso que um susto inocente de uma brincadeira. Ambos disparam o coração.

O filme usa muitos assuntos já desgastados pelo terror. Amigo imaginário é um exemplo. Toby é com quem Kristi conversa. Por uma letra não temos o assustador Tony de O Iluminado. Não há como não pensar no filme de Stanley Kubrick. Assim como não deixo de pensar em A Bruxa de Blair quando vejo as crianças em uma barraca e percebo que o diretor adora balançar uma câmera.

Há, porém, novidades na estética. Uma câmera acoplada a um ventilador para obter um maior campo visual. O passeio da câmera gera ansiedade e através dele truques são usados para as cenas serem mais convincentes. Outra cena bem interessante é a que se brinca de frente ao espelho evocando o termo Blood Mary no escuro.

A estética oitentista do filme é um prato cheio para quem viveu essa época. As fitas VHS que só gravam 6 horas (isso se no modo EP) e as enormes câmeras de mão mostram o que era moderno na época. O figurino, desde a lingerie de Julie até a roupa rosa choque da babá, é convite a uma retrospectiva mental dos filmes clássicos dos anos 80.

Susto. Sobressalto causado por evento não esperado; surpresa vigorosa e momentânea. Está no dicionário. Na minha cabeça, susto está muito longe do termo terror. O disparo do meu coração em um filme não significa que o medo foi instalado.

Filme com potencial excelente para aterrorizar e que cede à tentação de querer ver seu espectador pular da cadeira. Atividade Paranormal 3 mais parece um trem fantasma. Isso para mim não é terror.

Detalhe: cena do trailer não aparece no filme.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Walking Dead S02E01 – “What Lies Ahead”


Minha série preferida do momento. Walking Dead já estava fazendo falta. É sempre bom esperar por algo que você tem certeza que vem. A promessa foi cumprida e começa a segunda temporada da série.

O grande desafio de uma série é não cair na mesmice. Difícil é pensar um contexto em que se tem um pequeno grupo de humanos fugindo de um incontável número de zumbis e tornar essa repetição interessante. Walking Dead se supera e surpreende. O início da segunda temporada é um ótimo exemplo disso.

O episódio tem uma hora de duração. É longe de ser enfadonho. O grupo de humanos segue em comboio por uma rodovia até que um emaranhado de carros impossibilita a travessia. Parar é a única solução. Prenúncio de que logo zumbis aparecerão. Longe da acinzentada tez zumbi, o cenário é vivo em cores. Uma floresta margeia a estrada. A fotografia viva parece anunciar o retorno da série. Algo animador para seus fãs.

A primeira aparição zumbi é a síntese do terror que não precisa chocar para assustar. Um primeiro zumbi é visto. Lentamente, uma multidão se revela. A câmera mostra bem de longe o invevitável encontro com os humanos. Todos escondem debaixo dos carros e mais uma cena fascinante desse terror contemporâneo. Cada humano está debaixo de um carro. Não podem se ajudar e o terror agoniza pais e mães impotentes. Cena em que personagens e espectadores prendem a respiração. Pura tensão.

A cena final é em uma igreja. Luta pela sobrevivência em frente à imagem de Jesus Cristo crucificado. Cena forte, bem mais intensa que a de Rick e Daryl abrindo a barriga de um zumbi pensando que restos de Sophia poderiam estar em seu estômago.

Walking Dead agradou pessoas que nem gostam muito de terror. A retomada da série foi ousada e corre o risco de perder audiência por esse comportamento. Os fãs de terror agradecem.