Parece que o massacre do episódio passado faz a série pisar no freio. Os sobreviventes do acampamento não estão bem. Abalados, começam a se desentender. Há uma possibilidade de se deslocarem ao CDC (Centro de Controle de Doenças). Grande é a insegurança.
Amy está prestes a se transformar em zumbi e continua nos braços da irmã. Os mortos e feridos são os futuros andarilhos. O grupo é cada vez menor. Cada personagem morrendo por vez assim como acontece nos filmes da franquia Alien. A zumbificação de Amy é dramática assim como a decisão de sua irmã em interrompê-la.
Jim foi mordido por um zumbi. Todos sabem seu destino. O nosso potencial vidente decide abandonar o grupo para ser deixado de lado.
Mais um episódio quase sem zumbis. Beira ao sem graça. A cena final, porém, é muito boa. O grupo decide partir e chega ao CDC. Não consegue entrar. Já é noite, não há como voltar. Uma porta é aberta. Esperança? Sim, mas fica aqui o respeito ao nosso querido apresentador Sílvio Santos.
O titulo em português remete a uma comédia. Mas a verdade está em seu título original. Ben Kalmen(Micheal Douglas) é um homem solitário. Por escolha própria? Talvez. Ben não quer aparentar nem se portar com a idade que tem. Sessenta anos e avô.
Michael Douglas é viciado em sexo. Chegou a ser internado para tratar sua compulsão. Nem sua cobiçada esposa, Catherina Zeta-Jones, foi capaz de curá-lo. Sempre pensei que a culpa foi do filme Instinto Selvagem. Um thriller sexualmente perturbador. O que acontece é que o ator continua não resistindo ao famoso rabo de saia. Assim é o seu personagem em O Solteirão. Um desajustado para sociedade mas não para suas convicções.
Em um momento do filme Ben vê em um calouro universitário a chance de fazer algo bom. Sempre vislumbrei a possibilidade de voltar no tempo e ser a pessoa mais nova com a cabeça de hoje. Pensando assim, Ben tenta orientar o rapaz. Fala de forma apaixonada que existe um mundo de oportunidades lá fora, convicto que só se arrepende das coisas que não fez. Chega a ir a festas, marcar encontro com garotas. Sente-se um sedutor, a ponto de levar a filha de sua namorada para cama. O que o solteirão não percebe é que ele já não dá as cartas do jogo e ironicamente torna-se vítima de seus relacionamentos.
Michael Douglas está com câncer de garganta. Até nisso há certa semelhança com o personagem. No começo da película, descobre que tem problemas de coração. Não quer saber o que o médico tem a dizer. Não quer dar esse poder a ele. A notícia, porém, não é motivo de mudança de atitude. Ben Kalmen nem cai na esbórnia nem se regenera. Ponto para o filme que poderia partir dessa premissa para motivar as atitudes do protagonista.
A beleza do filme está em não julgar seu protagonista. Ben sabe admitir seus erros e fraquezas. Sua vida desmorona aos poucos. O apoio vem de poucas pessoas. Sua ex-esposa e amigo, representados por Susan Sarandon e Danny DeVito, suportam a sua queda. É um relato seco e não afetado de uma pessoa velha e solteira.
“Até o amor me achar ... serei o que sou, um homem solitário”. Assim canta Johnny Cash na abertura do filme, na bela música de Neil Diamond.
Não! Não é uma pornochanchada. A tara maldita narra a trajetória de uma criança.
O final do filme traz uma mensagem de seus produtores. É uma alerta para que não se divulgue o clímax e o inusitado da história. Tentarei respeitá-los.
Rhoda (Patty McCormack)é uma criança perfeita. Pelo menos para os padrões da época. Muito educada e excelente aluna, apresenta algo intrigante: uma maturidade perturbadora. Sua sensatez foge dos padrões de criança.
Diante da frieza com que Rhoda encara diversas situações (inclusive a morte por afogamento de um colega de escola), as conjecturas levam a crer que Rhoda poderia ser uma assassina. Aquela criança tão adorável (eu mesmo a achei muito chata)?
O filme então trabalha a fragilidade da mãe Christine (Nancy Kelly) diante da situação. Pressionada, seu mundo parece desmoronar. Enfrenta dilemas que envolvem a formação de um psicopata (influências do ambiente X herança genética).
A direção do filme é sutil. É composto de cenas marcantes. Em uma delas, o empregado da casa, Leroy (Henry Jones), grita por socorro para ser salvo de um incêndio que acontece no porão. Christine assiste o mesmo sendo retirado do porão e morrer diante do seu jardim. A cena não mostra Leroy. Apenas o rosto de Christine sofrendo com a situação e perturbada pelo piano que é tocado sem parar por sua filha Rhoda em uma cena assustadora.
Há também no filme uma senhora à frente de seu tempo. Monica Breedlove (Evelyn Varden) é uma divorciada que não se inibe diante de conversas masculinas. Psiquiatria é muito conversada no filme e Monica se mostra conhecedora.
Hortense Daigle (Eileen Hackert) é a mãe do garoto morto no acampamento. Não aceita a situação. Embriagada, começa a visitar a casa de Christine em busca de respostas. Sabe que é inconveniente. Sua irremediável situação deixa Christine sem reação.
A casa de Christine é palco de quase toda ação do filme. O termo palco é levado tão à risca que o encerramento do filme se dá com cada ator se despedindo do espectador assim como em um final de peça de teatro.
Grupo volta ao centro de Atlanta. Merle não está mais algemado. A algema está lá, sua mão também e o rastro de sangue da sua fuga. Voltando aos lugares antes visitados pelo grupo, a sensação é que estamos dentro de um videogame. Os locais antes tumultuados agora vazios.
O embate com outro grupo de sobreviventes mostra uma situação caótica. Velhos e doentes sem assistência e esperança de melhora. São protegidos por um grupo de gângster: vatos. Vato é semelhante ao vocativo “mano”. Sei porque é assim que Snoop Dog chama seus colegas na música em que a palavra aparece como título.
O acampamento aguarda seus heróis. Calmaria. Apenas uma situação incomoda. Jim não para de cavar covas. Não sabe a razão. Prenúncio de uma tragédia.
Quando penso que o episódio fecharia com o sentimento de consternação, o massacre ao acampamento é fulminante. Muitos personagens não são poupados. Destaque para a morte de Amy que é amparada pela irmã em uma cena dramática e tensa. Penso a todo momento que se tornaria um zumbi aos seus braços.
Não temo os zumbis. Medo é de que a série insira elementos paranormais no enredo. A atitude de Jim é que preocupou.
O grupo de sobreviventes chega ao acampamento de refugiados. Rick Grimes encontra sua esposa e filho e nada parece estar bem.
Lori Grimes, esposa de Rick, nunca acreditou que seu marido pudesse estar vivo. Sob tensão, a instabilidade do seu relacionamento (para ela já terminado) culminou em um caso, com o melhor amigo de Rick. Shane. Um mundo quase por acabar parecia algo sem conseqüências. Não para Shane, que agora carrega um peso quase insustentável.
Para Lori, a aparição de um morto-vivo não causaria mais espanto que a chegada de Rick. Ela não assimila bem e somos cúmplices de seu incômodo.
Merle, um ex-presidiário mau caráter fora deixado algemado no prédio. Não propositadamente. Seu irmão Daryl o esperava no acampamento. Todos incomodados com a situação. Uma decisão irracional é tomada. Voltar para buscá-lo. Não haveria pessoa pior para se arriscar a vida. Esse é o argumento que é refutado por aqueles que se dispuseram,
Quatro homens voltam para o terror da cidade. Com eles apenas quatro balas. Ironia cruel para um suicídio como alternativa.
Episódio quase ausente de zumbis. Cheguei a sentir falta dos walking deads.
Sang-hyeon é um padre católico sul coreano. Vive uma rotina de dedicação à Igreja. Pratica o sacramento da extrema-unção aliviando os enfermos e fortalecendo suas almas. É altruísta a ponto de participar de uma experiência científica na tentativa de se achar uma vacina para um vírus letal. O padre reage mal e necessita de uma transfusão sanguínea. Sua vida muda.
O simpático padre é agora um vampiro. Para evitar que sua doença se alastre, precisa de sangue. Mas não é só sangue que o padre deseja. Ele quer sexo. Desenvolve uma doentia paixão. Sua amada o leva a quebrar o celibato e infringir princípios morais.
A beleza do filme está na insegurança do seu protagonista. Suas convicções são destruídas por seus instintos e ele sofre por isso. Não há como parar. O desejo é maior. E vemos isso através de intensas cenas de sexo. Tudo dentro de uma história de amor.
Chan-wook Park (diretor de OldBoy) não gosta do convencional. Também não tem medo de chocar.Escolha melhor não haveria para a composição de um filme sobre vampiros. Quisera Sang-hyeon ser um vampiro de Crepúsculo. Ele poderia até ser casto, celebrar missas. Mas o vampiro de Park é sedento. Por sangue e por luxúria, movido pelo desejo. Assim como Drácula.
Thriller de açãohollywoodiano. Não é preconceito meu. A Trilha não convence.
Casal em lua-de-mel , Cliff e Cydney(SteveZahn e MillaJovovich), escolhe as belas praias do Havaí para eternizar seus primeiros dias juntos. O problema é que surgem notícias de um casal de assassinos nas proximidades. Nick e Gina, novo casal de amigos, são os principais suspeitos.
Como fugir de um potencial casal assassino? Esse é o dilema de Cliff e Cydney. Fatos estranhos começam a acontecer.
O objetivo é surpreender o espectador. O roteiro, porém, é péssimo. Tão ruim que necessita de um longo flashback para explicá-lo.
Reviravoltas no roteiro são para poucos. O diretor-roteirista David Twohy não se dá conta disso e poderia se contentar com ficções científicas cheias de ação como Eclipse Mortal e A Batalha de de Riddick (da sua filmografia).
Pode-se classificar A Trilha como um filme hitchcockiano muito mal sucedido. O final incoerente (principalmente pela atitude da polícia) faz do filme quase uma perda de tempo. O que resta é a beleza de MillaJovovich (nem tão bela assim dessa vez) e daspraias paradisíacas.