A música com mesmo nome do título abre o filme dizendo como
é ruim estar longe de casa sem ter ninguém. Assim é vida do sósia de Michael
Jackson (Diego Luna). Sozinho em Paris e falando apenas inglês, Michael vive de
bicos como dançar na rua ou em uma festa de asilo. Marilyn Monroe, a sósia
(Samantha Morton), muda essa perspectiva. O vestido branco, o decote e o batom
vermelho regados com sopro de beijos não são os únicos elementos que
determinariam o conceito de paraíso. Marilyn vem de um lugar onde todos os
sósias não descansam suas máscaras para dormir. Com o convite de Marilyn, Michael
Jackson não seria mais um Mister Lonely (senhor sozinho).
A comunidade alternativa composta de sósias de celebridades
é um rancho de pessoas desajustadas. A máscara de sósia faz aflorar os
instintos de cada participante. O ambiente é tão selvagem quanto o de qualquer
metrópole repleta de pessoas solitárias.
Paralela à história principal, o filme mostra a vida de um
padre alcóolatra e um grupo de freiras em selvas do Panamá. Ao tentar
distribuir comida aos necessitados, três freiras caem de um avião e pela fé
operam um milagre. Plainam em alegria em cenas belas e hilárias. Ato memorável
que rende ao grupo uma viagem para conhecer o Papa.
Histórias sobre busca de
redenção. Filme marcante com final duro. Grandes expectativas e pouco contentamento.
Humor negro mesclado com momentos de doçura. Mister Lonely é um filme pouco
convencional marcado por fortes interpretações e prováveis reações diversas do
público.





