
Muitos falam que o segundo disco de uma banda surge como teste de qualidade. Não concordo. O segundo disco pode trazer idéias que não couberam no primeiro. O sucesso de um primeiro pode impulsionar a composição de um segundo e por aí vai. Já o terceiro disco não. O terceiro consolida a união de uma banda que agora já está acostumada a críticas.
Penso que agora o Interpol já se livrou das comparações e se firma por um estilo próprio. Estilo esse que sempre senti desde o início da banda mas que os críticos queriam rebaixá-lo a uma onda de revival anos 80 que teria o foco principal o Joy Divison.
O álbum começa muito elegante com Pioneer to the Falls semelhante ao seu álbum de estréia Turn on the Bright Lights que inicia com Untitled. Aliás, Untitled é o prenúncio de todo o tom soturno que acompanha a carreira do Interpol até hoje, de como ele chegará de surpresa quando estamos deprimidos. “A alma pode, então, espera”
As outras músicas que marcaram no álbum foram “Scale”, “The Heinrich Maneuver” e “Pace is a Trick”. O “Scale” traz o ritmo característico do Interpol e mostra cruezas de um relacionamento. “The Heinrich Maneuver” mostra uma visão política até antes não esboçada por essa banda de Nova Yorke e fala sobre a noite no ocidente. Provavelmente “Pace is a Trick" foi a música que mais escutei no ano passado. Todo o clima obscuro de suas guitarras e baixo está aqui, a sofrida voz de Paul Banks e as letras que mais uma vez mostram a inquietude humana.
Como terceiro álbum da banda, o Interpol convenceu apesar de o disco num todo não ter a mesma força que os dois antecessores. Aos felizardos que poderão ver a banda no dia 11 de março no Via Funchal em São Paulo boa viagem ao obscuro mundo do Intepol. Para mim, só resta lamentar o fato de um show em plena terça feira.
Site da banda: http://www.interpolnyc.com/
Vídeo – Pace is a Trick
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