
Quando vi 1408 decidi que iria atrás do diretor sueco Mikael Håfström para ver outros trabalhos seus. Por acaso achei um de seus filmes nas madrugadas da HBO. É sua estréia em Hollywood e escolheu dois famosos como protagonistas (Clive Owen e Jennifer Aniston).
Trata-se de um publicitário (Clive Owen) que tem uma vida estável familiar e economiza dinheiro para um tratamento inovador de sua filha diabética. Estabilidade ameaçada em muitos aspectos a partir do momento que conhece Lucinda (Jennifer Aniston). Também casada e com filho. Os dois se entregam lentamente e passam pela estranheza da traição até o momento que são abordados por um marginal (Vincent Cassel) que inicia um jogo de chantagem pelo fato de o publicitário ser casado.
As atuações são razoáveis. Pontos positivos para Jennifer Aniston que mais uma vez deixa de escolher um papel água com açúcar querendo se livrar do estigma de boa moça. Já Vincent Cassel parece ter aceitado o papel apenas para ganhar uns trocados. Está estereotipado como francês e sua atuação é fraca em vista de todo o potencial que o ator já mostrou em seus trabalhos em sua terra natal (como Irreversível e O Ódio).
O roteiro tem altos e baixos. Quando penso que vai atingir a cretinice, o filme se recupera com seqüências boas. O filme garante surpresas e reviravoltas e acaba sendo interessante em alguns pontos. É, em um todo, irregular mas não é ruim. Talvez por inexperiência com o cinema americano e a real dificuldade que é fazer um thriller coeso.
Espero que o filme seja o início de uma crescente desse diretor sueco em Hollywood já que 1408 é posterior e bem melhor.
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