
“Sexo é imoral”. Essa é uma das conclusões que chega o protagonista do filme que é o alter-ego do diretor Jean-Claude Brisseau. O diretor em 2004 foi processador pelas atrizes do filme “Coisas Secretas” por assédio sexual e coerção psicológica.
No filme, o diretor faz uma espécie de um “teste do sofá voyerista” com o qual se fascina com mulheres (potenciais protagonistas de seu novo filme) que se deliciam em transgredir tabus sexuais.
No meio de tudo isso a vida do diretor é observada por anjos que planejam sua vingança. Duas mulheres misteriosas que dão título ao filme surgem como aparições repentinas e têm a tarefa de executar ordens ocultas nada boas para o diretor.
O filme parece mais uma retratação do autor. Um direito de resposta à sua condenação. O que o seu alter-ego nem o diretor parecem perceber é que as atrizes querem o papel do filme e em ponto nenhum é questionado a credibilidade do prazer demonstrado pelas mesmas.
Talvez o título seja homenagem ao filme de Luis Buñel (O anjo exterminador) pois várias são as referências feitas ao surrealismo, assim como ao cinema de Jean Cocteau
Pode ser classificado como drama erótico mas para mim trata-se apenas de um soft porn, daqueles que passam nas madurgadas da Band. Apenas com um pouco mais de refinamento.
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