
Assisti Rocky Balboa na pré-estréia. Uma sessão que era composta em sua maioria de fãs dessa franquia de sucesso. O perfil dos espectadores era basicamente de homens entre 20 e 40 anos sós ou acompanhados de suas namoradas. De alguma maneira parecia que a maioria dos espectadores era também simpatizante da iniciativa de Sylverter Stallone em resgatar a carreira, mesmo diante de toda a ironia de quase toda a sociedade. Isso era percebido através de camisetas da Everlast ou qualquer referência ao boxe ou pelo fato de umas 15 pessoas acompanharem os créditos do filme até o final, em respeito ao velho Balboa.
A começar pelo cartaz de divulgação, Stallone está dizendo em outras palavras que esse é o Rocky de 1976. Fato que é confirmado ao longo da projeção. Ele poderia batizar o filme de Rocky VI, mas não o fez. Ele quis pagar uma dívida com o público e com ele mesmo que nunca o perdoaria se o final do grande Rocky Balboa fosse aquele filme de 1990. Stallone está querendo dizer também para esquecermos todo o maniqueísmo que habitou os outros filmes, principalmente o IV; que segundo meu amigo Henrique, um fanático dessa franquia, Stallone queria ali o fim de Balboa, morto em um ringue em plena União Soviética. Mas em tempos Guerra Fria, Stallone outra vez cedeu às pressões dos estúdios.
A nostalgia habita a cabeça do lutador em quase todo o filme. Tem problemas de relacionamento com o filho mesmo sendo uma boa pessoa. A terceira idade o assusta, e muito. Subindo ao ringue, Balboa e Stallone se juntam para mostrarem que ainda estão vivos. E ao final da luta mostra maturidade de um lutador e uma pessoa que tem muito para nos ensinar assim como muitos idosos que na cultura ocidental não são devidamente valorizados.
Rocky/Stallone parece entender o que a banda Los Hermanos canta em sua música O Vencedor: “Olha lá quem acha que perder é ser menor na vida / olha lá quem sempre quer vitória e perde a glória de chorar”
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